Deus responde sempre
Quantas vezes você já dirigiu uma prece a Deus e não recebeu resposta?
Não é raro pedirmos pela recuperação da saúde de um familiar, e mesmo assim ele morre.
Acreditamos que Deus não nos ouviu.
Pedimos auxílio ao Pai celestial para as nossas dores. E muitas vezes as dores aumentam, levando-nos quase ao desespero.
No entanto, os que têm fé afirmam que Deus sempre responde às nossas orações. Será mesmo?
Emy tinha apenas 3 anos de idade. Vivia em um lugar maravilhoso dos Estados Unidos, em frente ao mar.
Sua família era cristã. Ela fora alimentada, desde o berço, por orações e Evangelho.
A família ia ao templo religioso e fazia, no lar, o estudo sistemático do Evangelho.
Emy amava sua família e admirava os olhos azuis de seu pai, de sua mãe e de seus irmãos.
Todos, em sua casa, tinham olhos azuis. Todos... menos Emy!
O sonho de Emy era ter olhos azuis da cor do céu. Como ela desejava isso!
Certo dia, na Escola de Evangelização, ela ouviu a orientadora dizer que Deus sempre responde a todas as orações. Passou o dia pensando nisso.
À noite, na hora de dormir, ajoelhou ao lado da sua cama e orou.
Sua prece foi um misto de gratidão e de solicitação:
Senhor Deus, agradeço porque você criou o mar que é tão grande. Tão bonito e tão feroz. Agradeço pela minha família. Agradeço pela minha vida. Gosto muito de todas as coisas que você faz. Mas, eu gostaria de pedir, por favor, quando eu acordar amanhã, descobrir que os meus olhos ficaram azuis como os de minha mãe.
Ela acreditou que daria certo. Teve fé. A fé pura e verdadeira de uma criança.
Pela manhã, ao acordar, correu para o espelho e olhou. Abriu bem os olhos e qual era a cor deles?
Bem castanhos! Como sempre haviam sido.
Bom, naquele dia, Emy aprendeu que não também era resposta. Do mesmo modo, agradeceu a Deus. Mas não entendia muito bem porque Ele não a atendeu.
Os anos se passaram. Emy cresceu e se tornou missionária, na Índia.
Entre outras atividades, ela se devotou a resgatar crianças que eram vendidas pelas suas próprias famílias, que passavam fome.
Para isso, ela precisava entrar nos mercados infantis, onde aconteciam as vendas.
Naturalmente, para as comprar para Deus, como dizia, precisava não ser reconhecida como estrangeira.
Então ela passava pó de café na pele, cobria os cabelos, vestia-se como as mulheres do local.
Desta forma, entrava nos mercados de crianças, podendo transitar tranquila, pois aparentava ser uma indiana.
Certo dia, uma amiga olhou para ela disfarçada e lhe disse: Puxa, Emy! Você já pensou como faria para se disfarçar se tivesse olhos claros como todos os de sua família?
Que Deus inteligente, não? Ele deu a você olhos escuros, pois sabia que isso seria essencial para a missão que lhe confiou.
O que a amiga não sabia é que Emy chorara muitas noites, em sua infância, por não ter olhos azuis...
* * *
Deus está no controle de tudo. Ele conhece cada lágrima que já rolou dos seus olhos.
Ele sabe que talvez você desejasse olhos de outra cor, ou cabelos mais lisos, ou encaracolados, ou mais espessos.
Não chore se os seus olhos continuam castanhos ou azuis, ou pretos, e você os deseja de outra cor.
Não se entristeça se você ainda não foi atendido como gostaria.
Tenha certeza: Deus tem o controle de tudo.
E o não de Deus, hoje, em sua vida, é o melhor para você.
Redação do Momento Espírita com base em história de autoria ignorada. Disponível no livro Momento Espírita, v.5, ed. Fep.